O arroz (Oryza sativa L.) é o segundo cereal mais cultivado no mundo e alimento básico para cerca de 2.4 bilhões de pessoas. É o cereal mais importante para os países em desenvolvimento e constitui alimentação básica para mais que a metade da população mundial.
Cultivado e consumido em todos os continentes, o arroz destaca-se pela produção e área de cultivo, desempenhando papel estratégico tanto no aspecto económico quanto social (ALONÇO, 2005).
Por tanto, a orizicultura ocupa, anualmente, cerca de 154 milhões de hectares, o que corresponde a 11% das terras cultivadas no mundo. Mais de 90% de todo o arroz produzido no mundo é crescido e consumido na Ásia, onde vive 60% da população do planeta (KHUSH, 2005).
De acordo com a FAOSTAT (2018), existem cinco regiões continentais que, produzem arroz, sendo Ásia o maior produtor com cerca de 90.5%; América com 5.2%; África com 3.7%; Europa com 0.6% e Oceânia com 0.1%, avaliado em média desde 2000 a 2017.
Dentre outros fatores que influenciam diretamente o rendimento do arroz, está a densidade das plantas no campo, pois a mesma população de plantas pode ter diversos compassos.
À medida que as plantas menos competitivas são selecionadas, menor pode ser o espaçamento entre linhas. Para determinada condição de solo, clima, variedade e tratos culturais, existem um número de plantas por unidade de área que conduz a mais alta produtividade por área (SANTOS, 1990).
Combinações de espaçamento e densidade ótima não existe, mas sim, aquela próxima do ideal, pois são muitos os fatores que interagem com a planta de modo a permitir a máxima expressão gênica da variedade. Portanto, não se pode generalizar um ótimo para todas as variedadess de arroz, em face dos diferentes efeitos ambientais e capacidade de perfilhamento (CARVALHO,2006).
Densidades elevadas, isto é compassos reduzidos provocam auto-sombreamento e maior possibilidade de acamamento, contudo, uma menor densidade que significa ter compassos largos em plantas prejudica a capacidade de uso dos solos e produz uma quantidade maior de filhos improdutivos e tardios. SOARES et al., 1979 (apund CARVALHO, 2006).
Problema e Justificativa
Estimativas da DPASAN (2017) indicam que o rendimento médio da cultura do arroz em Moçambique na campanha 2016/17 atingiu cerca de 1.6 t/ha, sendo que para a campanha 2017/18 estimava-se que o mesmo atingiria cerca de 1.3 t/ha, mas obteve-se cerca de 1.2 t/ha em virtude da baixo rendimento de algumas variedades menos produtivas que são cultivadas no Pais.
Dependendo da variedade e do sistema de cultivo, tem-se uma densidade ideal de plantas para propiciar uma boa população inicial, um dos factores que influenciam na produção. O aumento da densidade de plantas no campo aumenta a produção até o ponto que a competição por água, luz, CO2 e por outros factores de produção passa a limitar o processo atéo ponto de levar a baixos rendimentos (SAKAI, 1991).
A produtividade de arroz em Nampula de 2006 a 2009 variou de 0.60 a 1.1 t/ha e no intervalo de 2010 a 2018 variou de 1 a 1.2 t/há. Apesar do aumento potencial, existe um défice na ordem de 360 mil (tons) de arroz para o consumo humano. O País recorre anualmente as importações, contribuindo negativamente para a balança comercial e dispêndio de divisas (DPASAN, 2018).
Dos factores que afectam o rendimento da cultura do arroz, encontra-se o potencial genético da variedade, condições climáticas e do solo, práticas culturais e uma somatória de técnicas, dentre elas esta o uso adequado de compassos (SAKAI,1991).
A determinação do compasso que proporcionem o melhor arranjo entre as plantas, de modo a maximizar a produtividade, é preocupação antiga dos agricultores. Muitos são os trabalhos de pesquisa que visam identificar os melhores compassos para as principais espécies de importância económica (milho, soja, arroz, entre outras) e os que existem, nem sempre são consensuais para as diversas cultivares e ambientes (BRESEGHELLO, 1998; SOARES, 2005).
Para DATA (1981) citado por SAKAI (1991) diz que não existe um compasso óptimo que sirva para todas as variedades, e que uma população inicial de plantas uniforme e óptima, é essencial para proporcionar o desenvolvimento da variedade e alta produção do grão.
Densidades elevadas, isto é compassos reduzidos provocam auto sombreamento e maior possibilidade de acamamento, contudo, uma menor densidade que significa ter compassos largos em plantas prejudica a capacidade de uso dos solos e produz uma quantidade maior de filhos improdutivos e tardios. SOARES et al., 1979 (apund CARVALHO, 2006).
Este estudo, que na sua essência vem responder a questão da densidade ideal que conduz a melhores rendimentos nas quatro (04) variedades de arroz, que servirá de base para desenvolver recomendações da cultura para diferentes produtores, especialmente para aqueles que usam a cultura para diversas actividades de tal forma que estes possam superar os problemas de baixo rendimento relacionados com densidade de plantas no campo.
Resumo
Oryza sativa L., densidade, variedade, rendimento.
Autor: Mercês Sampo
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